ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA
SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA
LEGISLATURA, EM 08.09.1998.
Aos oito dias do mês de
setembro do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
dezessete horas e vinte e um minutos, constatada a existência de “quorum”, o
Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à
homenagear a passagem dos trinta e cinco anos dos Jogos Universitários Mundiais
- Universíade, nos termos do Requerimento nº 143/98 (Processo nº 1783/98), de
autoria do Vereador Décio Schauren. Compuseram a MESA: os Vereadores Carlos
Garcia e Lauro Hagemann, na presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 27
do Regimento; a Senhora Leda Argemi, Secretária Municipal Substituta dos
Esportes, representando o Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor
Luiz Augusto Bastian de Carvalho, Diretor Técnico de Esportes da Universíade; o
Senhor Cleomar Antônio Pereira Lima, Presidente do Conselho Regional de
Desportos; a Senhora Lorena Rodrigues Araújo Peixoto, representante da
Federação Universitária Gaúcha de Esportes - FUGE; o Coronel José Roberto
Rodrigues, representante da Secretaria Estadual da Justiça e da Segurança; o
Major Joel Prates Pedroso, Comandante da Escola de Educação Física da Brigada
Militar; o Senhor José Haroldo Loureiro Gomes, Diretor do Departamento de
Desporto do Estado do Rio Grande do Sul; o Vereador Décio Schauren, na ocasião,
Secretário “ad hoc”. Ainda, como extensão da Mesa, foram registradas as
presenças do Professor Paulo Alvarenga, Presidente da Federação Gaúcha de
Tênis; do Senhor Raul Ramos, Presidente do Conselho Municipal de Esportes de
Porto Alegre; do Senhor Édison Cardoso, ex-Presidente da Federação
Universitária Gaúcha de Esportes - FUGE; do Senhor Henrique Licht; do Senhor
Décio Krohn, Presidente da Sociedade Ginástica Porto Alegre - SOGIPA; do Senhor
Luiz Carlos Maia, Membro do Conselho Regional de Desportos; do Senhor Edegar
Christman, representante da Federação Gaúcha de Futebol; do Senhor Ibraim
Gonçalves, Presidente da Associação das Federações Esportivas; do Senhor Nelson
Oliveira, Intérprete por ocasião dos Jogos Universitários Mundiais; do Senhor
Lélio Araújo, Presidente do Panathlon Clube. Também, foi registrada a presença
do Senhor Valter Joni dos Anjos, ex-Presidente da Federação Universitária
Gaúcha de Esportes - FUGE; dos Professores Valmir Zenari, Amilton, Jaime Verner
dos Reis, Júlio Volp, Darci Araújo e Fernando Mabilde e do Senhor Nelson
Guimarães, ex-Presidente da Federação de Karatê. A seguir, o Senhor Presidente
convidou a todos para, em pé, ouvirem à execução do Hino Nacional, e, após,
concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador
Décio Schauren, em nome das Bancadas do PT, PDT, PTB e PFL, historiou acerca da
realização dos Jogos Universitários Mundiais na Cidade de Porto Alegre,
destacando a atuação do Comitê Organizador e das demais entidades envolvidas
nesse evento, na busca de disponibilizar a estrutura necessária para as
práticas esportivas e para a acomodação dos atletas participantes. O Vereador
Carlos Garcia, em nome das Bancadas do PSB, PPB, PSDB e PMDB, externou sua
alegria por participar desta solenidade, falando de aspectos relativos à
realização, em diversos pontos de Porto Alegre, das provas dos Jogos
Universitários Mundiais, e discorrendo sobre a importância de atividades
esportivas desta natureza, como expressão de harmonia entre os povos. O
Vereador Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PPS, saudando o transcurso dos
trinta e cinco anos da realização dos Jogos Universitários Mundiais, ressaltou
o significado desse evento para a Cidade de Porto Alegre, comentando a
conjuntura histórica na qual os Jogos foram realizados e salientando que “o
congraçamento das diversas equipes, vindas de todo o mundo, serviu para
demonstrar que a convivência pacífica era possível através do esporte”. Na
ocasião, o Senhor Presidente registrou o recebimento de correspondências
enviadas pelo Senhor João Carlos Vasconcellos, Diretor-Presidente da Empresa
Porto-Alegrense de Turismo - EPATUR, e do Senhor Edgar Sanches Laurent, da
Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência de Pelotas. A seguir, o Senhor
Presidente concedeu a palavra aos Senhores Cleomar Antônio Pereira Lima e Luiz
Augusto Bastian de Carvalho, que teceram considerações acerca da realização, em
Porto Alegre, dos Jogos Universitários Mundiais, destacando a importância desse
evento para a integração da Cidade ao mundo esportivo internacional. Após, o
Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem à execução do Hino
Rio-Grandense, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar,
declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e vinte e nove minutos, convidando
para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Carlos Garcia e Lauro Hagemann, nos termos do artigo 27 do
Regimento, e secretariados pelo Vereador Décio Schauren, Secretário "ad
hoc". Do que eu, Décio Schauren, Secretário “ad hoc”, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Garcia):
Damos por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a
homenagear a passagem dos 35 anos dos Jogos Universitários Mundiais.
Convidamos para compor a
Mesa a Sra. Leda Argemi, Secretária Substituta da Secretaria Municipal de
Esportes, representando o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre; Sr. Luiz
Augusto Bastian de Carvalho, Diretor Técnico de Esportes da Universíade/1963;
Sr. Cleomar Antônio Pereira Lima, Presidente do Conselho Regional de Desportos;
Sra. Lorena Rodrigues Araújo Peixoto, representando a Federação Universitária
Gaúcha de Esportes - FUGE; Cel. José Roberto Rodrigues, representando a
Secretaria Estadual da Justiça e da Segurança; Major Joel Prates Pedroso,
Comandante da Escola de Educação Física da Brigada Militar; Sr. José Haroldo
Loureiro Gomes - Diretor do Departamento de Desporto do Estado do Rio Grande do
Sul - ARATACA.
Convidamos todos os
presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.
(Executa-se o Hino
Nacional.)
Senhoras e senhores,
ouviremos o proponente desta homenagem, Ver. Décio Schauren, que falará em nome
das Bancadas do PT, PDT, PTB e PFL.
O
SR. DÉCIO SCHAUREN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os demais componentes da Mesa.) Quero
também cumprimentar a Profa. Marli Heck, da Associação dos Moradores da Vila
Olímpica, que foi uma das pessoas que bastante incentivou para que esse ato
acontecesse.
Senhoras e senhores,
imaginem um anúncio nos principais jornais dizendo que Porto Alegre será sede
de uma competição olímpica de nível internacional, com participação de trinta e
três países, mil e quinhentos atletas, disputando quarenta e cinco modalidades
de esportes. Pouca gente acreditaria, mas isso já aconteceu em Porto Alegre. De
30 de agosto a 8 de setembro de 1963, aconteceram, aqui, os Jogos Mundiais
Universitários. Porto Alegre foi o alvo das atenções do mundo inteiro, que
acompanhava a presença dos melhores atletas do esporte olímpico universitário
aqui na nossa Cidade.
A Universíade de 63, como
ficou conhecido o maior evento esportivo já realizado em nossa Cidade, foi um
sucesso, apesar de todas as dificuldades enfrentadas. Foi uma competição da
mais alta qualidade, tanto que foram batidos vinte e seis recordes mundiais
naqueles dias.
A escolha do Brasil para a
realização da Universíade aconteceu em 1961. Era uma excelente oportunidade de
redimensionar o País em suas relações internacionais. O relacionamento
Jango/Brizola foi fundamental para a escolha interna. A escolha de Porto Alegre
como sede da Universíade mobilizou toda a comunidade. O Comitê de Organização,
presidido por José Antônio Aranha, reuniu as principais personalidades do mundo
jornalístico, esportivo, militar, religioso e associativo da Federação
Universitária da época. Dele também faziam parte Henrique Halpern e Luiz
Bastian de Carvalho, encarregado da Direção Técnica e, felizmente, aqui
presente.
Parecia quase impossível
montar toda a infra-estrutura para uma competição daquele porte, mas o Ginásio
da Universíade, que depois passou a ser o Ginásio da Brigada Militar, foi
construído em tempo recorde. A Vila Olímpica, para a hospedagem dos atletas,
foi montada num conjunto habitacional no Partenon, recém construído pela Caixa
Econômica Estadual, tendo os compradores autorizado, em Assembléia Geral, a sua
utilização para o alojamento das delegações. Por muito tempo continuaram
escritos os nomes naqueles blocos da INTERCAP: Brasil, Europa, Ásia, África,
América e Oceania.
Todos os grandes clubes da
Cidade colaboraram com a cedência dos seus parques esportivos. A abertura e o
encerramento da Universíade ocorreram no Estádio Olímpico. Um grande número de
empresas também contribuiu para o bom funcionamento do transporte, alimentação
e infra-estrutura em geral. A UFRGS montou um departamento de imprensa.
Inclusive o Ver. Lauro Hagemann, que está aqui presente, funcionário da
Universidade, foi uma espécie de locutor oficial e coordenador desse trabalho.
Um grande grupo de tradutores e locutores trabalhou diariamente na transmissão
de boletins em português, inglês, alemão, russo, espanhol, francês e italiano,
através das ondas curtas, gratuitamente cedidas pela Rádio Guaíba.
Os diversos locais onde
foram realizadas as competições sempre tiveram lotação esgotada, o que
demonstra a participação e a vibração do público mesmo naqueles esportes menos
conhecidos; mais do que isso, demonstra o apoio da população de Porto Alegre e
do Rio Grande do Sul àquele evento.
A Hungria ficou em primeiro
lugar, com dezenove medalhas de ouro, doze de prata e sete de bronze; a Rússia
ficou em segundo lugar, com dezessete de ouro, doze de prata e treze de bronze;
a Alemanha, em terceiro lugar, com dez de ouro, onze de prata e treze de
bronze. Trinta e seis atletas gaúchos participaram da delegação do Brasil, que
disputou todas as modalidades esportivas. O Brasil ficou em sétimo lugar, com
duas medalhas de ouro, no vôlei feminino e no basquete masculino, e sete
medalhas de bronze, o que pode ser considerado um bom resultado pela pouca
tradição nos esportes olímpicos naquela época.
Nós tivemos o resultado final do vôlei feminino - Brasil 3 X Peru 0, com as seguintes atletas gaúchas: Susana, Içara, Diva, Diná e Leci; no basquete masculino, Brasil 106 X Cuba 80. Foi a grande sensação daquela Universíade. Atletas gaúchos: Túlio e Lawson.
Nesta Sessão Solene, nós
queremos não só comemorar a passagem dos 35 anos da Universíade e relembrar a
sua história e seus momentos inesquecíveis, mas queremos também mostrar do que
uma comunidade é capaz quando se une. O congraçamento entre as diversas
delegações e a própria população de Porto Alegre mostrou que, independente da
formação étnica e política, a compreensão, a harmonia e a fraternidade podem
ser realizadas no mais alto nível através do esporte olímpico universitário.
Queremos incentivar as novas gerações à prática do esporte na busca do
aperfeiçoamento, mas também como forma de combater a ociosidade e o consumo de
drogas. Queremos cobrar o incentivo dos governos para a prática do esporte. No
país do futebol, queremos mostrar que esporte não é somente futebol.
Precisamos, cada vez mais, mudar a imagem de que os outros esportes são os
“primos pobres” do futebol. Enfim, queremos contribuir para que um evento da
magnitude e da importância da Universíade de 63 jamais seja esquecido e que
sempre possa servir de aprendizado para as novas gerações.
Neste sentido, queremos
conclamar a todos que tenham algum material histórico da Universíade -
lembranças, objetos - para reunirmos esse acervo todo num lugar seguro para ser
preservado. Iniciativas como o Museu do Esporte e o Centro de Memória do
Esporte, da UFRGS, devem ser prestigiadas. É para isso que estamos aqui hoje.
Parabéns Porto Alegre! Viva a Universíade! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Lauro Hagemann): O
Ver. Carlos Garcia está com a palavra para falar em nome do PSB, PPB, PSDB e
PMDB.
O
SR. CARLOS GARCIA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Para nós é um momento de muita emoção revivermos os 35 anos dos
Jogos Universitários Mundiais. O Ver. Décio Schauren foi muito feliz ao propor
esse evento. Não vou falar do histórico porque foi feito agora, mas vou falar
um pouco do que este evento significou para mim.
Em 1963, eu tinha onze anos,
praticava basquete no Sport Club Internacional. Naquela oportunidade, eu
participei dos Jogos Escolares, na modalidade de atletismo. Fui vencedor nas
provas de corrida e salto em distância e, como prêmio, recebi vários ingressos
de uma multinacional que ainda continua investindo no esporte, a Coca Cola.
Assim tivemos a felicidade de presenciar a abertura do evento no estádio que, a
partir daquele momento, ficou sendo denominado Estádio Olímpico, Estádio do
Grêmio Futebol Porto-Alegrense, onde havia uma pista de 400m. Naquela
oportunidade a grande pista era da Sociedade Ginástica Porto Alegre. Tivemos um
contato de perto com o atletismo, e também foi a primeira vez que assisti a um
jogo de tênis em minha vida. Foi no Leopoldina Juvenil. Com o ingresso na mão,
tive a curiosidade de assistir aos saltos ornamentais no Grêmio Náutico União.
Mas aquele, sem dúvida, foi e é ainda o maior evento que o nosso País fez em
nível de América, porque tivemos a Copa do Mundo, em uma modalidade específica,
agora englobando várias modalidades. E aqui não vai nenhum bairrismo, porque
estamos todos em casa e somos todos gaúchos. Realmente, aquele evento
simbolizou muito porque no Brasil nós ainda não conseguimos efetuar novamente
jogos daquela magnitude. Em Porto Alegre, conseguimos realizar alguns jogos, em
nível brasileiro, universitário, compreendendo várias modalidades. Em 1971,
lembro do Prof. Valter Jones, que está aqui presente, quando tivemos a
oportunidade de realizar o JUB - Jogos Universitários Brasileiros. Em 1976,
houve os Jogos Escolares Brasileiros. Inclusive estão aqui algumas pessoas que
participaram: o Maia, Santa Maria, o Valter e outros que participaram do
evento, mas não diretamente ligados à Secretaria de Educação. Neste ano, haverá
os Jogos da Juventude após vinte e dois anos, que engloba várias modalidades.
Então, o Rio Grande do Sul
tem um manancial muito grande, porque somos um povo formado por diversas raças.
Nós temos essa capacidade de provar aos demais que somos pessoas organizadas e
com grande potencial desportivo. Notamos que, nos últimos anos, o Rio Grande do
Sul foi campeão de basquete, vôlei, remo, futsal, e nos esportes individuais há
atletas brilhando em nível nacional e mundial. Esse manancial que temos faz com
que essa pujança tenha de ser cada vez mais desperta. Sempre agradeço a Deus
por ser muito feliz, porque, no ano passado, tive o privilégio de o meu filho
ter participado de uma Universíade, sendo o único atleta do Rio Grande do Sul
na modalidade atletismo, participando da Universíade na Itália, fazendo o
lançamento do martelo.
Essas são as coisas que
recebemos da vida. E é por isso, por iniciativa do Dr. Henrique Licht, que
fomos proponentes da criação do Museu do Desporto em Porto Alegre, porque um
povo que não tem memória se perde. Vejo aqui a Marli Heck, o cuidado que ela
tem. É moradora da Vila Olímpica e cuida do acervo com carinho e muito zelo. Há
poucos dias faleceu Otto Pedro Bumbel e no IPA vamos receber o seu acervo
bibliográfico e a sua família vai também nos conceder acervo da sua vida
pessoal, porque ele foi o primeiro treinador de futebol que recebeu um título
fora do governo e queremos que este manancial esteja ao acesso de todos.
Agradeço a todos aqui
presentes, pois são pessoas que fazem parte da história do desporto do Rio
Grande do Sul e cada um tem este compromisso de levar em frente a memória do
nosso desporto, porque um povo que não tem memória é um povo que se perde. Mas
nós, gaúchos, temos memória, poder de organização e um potencial muito grande
na prática desportiva. Por isso, saudamos, mais uma vez, o Ver. Décio Schauren
por esta iniciativa e agradecemos a presença de todos, porque há poucos dias o
Lélio disse que o Panathlon também quer ficar responsável por este Museu do
Desporto, porque são as pessoas que verdadeiramente conhecem e sabem a
história. Parabéns a todos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Registro
a presença dos componentes da Mesa. Presidente da Federação Gaúcha de Tênis,
Prof. Paulo Alvarenga; Presidente do Conselho Municipal de Esportes de Porto
Alegre, Sr. Raul Ramos; ex-Presidente da FUGE e membro do CRE, Sr. Édison
Cardoso; Sr. Henrique Licht; Presidente da SOGIPA, Sr. Décio Krohn; membro do
CRD, Sr. Luiz Carlos Maia; Conselheiro do Conselho Regional de Desportos e
representante da Federação Gaúcha de Futebol, Sr. Edegar Christman; Presidente
da Associação das Federações Esportivas e Conselheiro do CRD, Ibraim Gonçalves;
participante como intérprete da Universíade, Sr. Nelson Oliveira; Presidente do
Panathlon Clube, Sr. Lélio Araújo.
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Garcia): Queremos
também registrar a presença do ex-Presidente da FUGE e membro do Conselho
Regional de Desportos, Sr. Valter Joni dos Anjos; ex-Presidente da Associação
dos Profissionais do Rio Grande do Sul e Federação Brasileira do Profissionais
de Educação Física, Prof. Édison Cardoso.
Gostaria também de fazer um
registro. Falamos em nome da Bancada do PPB e o Ver. João Dib solicitou que
disséssemos que, na oportunidade, ele era Secretário dos Transportes e muito se
empenhou na sua secretaria por esse evento.
Com a palavra, o Ver. Lauro
Hagemann, que falará pelo PPS.
O
SR. LAURO HAGEMANN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Hoje é uma data evocativa de grande significação para esta Cidade.
Porto Alegre teve o privilégio de ser a única cidade brasileira, até hoje, a
sediar uma Universíade. Há 63 anos, assistimos a esse evento esportivo, social,
cultural e internacional. Não podemos esquecer o que isso significou para a
Porto Alegre de então. Já foi feito o relato das delegações participantes, dos
eventos esportivos, mas temos que ressaltar um fato: que, infelizmente, não
teve prosseguimento. A Universíade deveria ter significado o alavancamento do
esporte universitário neste País, a exemplo da maioria dos países que aqui
vieram participar da Universíade, que tinham e têm, nas suas universidades, um
elenco esportivo da melhor qualidade, que mantêm, até hoje, as melhores
tradições do esporte no mundo. Infelizmente, em nosso País, não tivemos essa
continuidade e até hoje as nossas universidades patinam ainda na falta de uma
solução para o esporte universitário. Praticamos modalidades esportivas em
nível universitário, mas não na medida em que seriam necessárias,
idealisticamente falando. Porque o potencial universitário brasileiro é muito
grande. Quase todas as modalidades esportivas que são praticadas no Brasil são
praticadas por universitários, mas não há a correspondência entre universidade
e prática desportiva; os clubes açambarcaram essa predominância.
Um outro aspecto da
Universíade foi que em 1963 nós estávamos em plena Guerra Fria e o
congraçamento das diversas equipes, vindas de todo o mundo, serviu para
demonstrar que a convivência pacífica era possível através do esporte. O
esporte era um veículo de paz, de convivência, não de disputa ideológica. Isso
ficou muito claro para nós.
O exame sociológico,
econômico e esportivo da Universíade ainda não foi feito com toda a
profundidade que merece. Temos relatos esparsos e creio que uma das coisas que
devemos propugnar, inclusive nós, remanescentes daquele episódio, é para reunirmos
o acervo dessa Universíade e fazer a sua interpretação e, sobretudo, mostrar
aos pósteros, que são até os de hoje, o que significou a Universíade - 63.
Temos que nos empenhar para conseguir isso, seja através da Universidade, seja
através do Estado, seja através da Prefeitura, porque todas essas esferas de
poder colaboraram para a Universíade. E também a sociedade como um todo. Não
podemos esquecer a comunidade, que participou ativa e decisivamente na
Universíade. A Cidade de Porto Alegre foi palco de um espetáculo de
magnificência inexcedível. Isso se reflete na nossa história e deve-se refletir
na nossa história. Nós temos que considerar isso para que um episódio como
esse, que foi o único na história deste País, não se perca no tempo, que ele
seja aproveitado como uma lição.
Por isso, foi muito feliz o
Ver. Décio Schauren, que é ligado à Universidade, ao propor esta Sessão de
reminiscência. Entre as pessoas que estão aqui presentes, eu lembro de vários
que participaram da Universíade. Éramos todos jovens idealistas e a Universíade
foi um gesto de rebeldia, um gesto de afirmação de uma fatia da sociedade que
não se conformava com o imobilismo. Nisso também reside um dos aspectos
importantes a ser destacado, pois, se tivesse sido organizada com planejamento
prévio, com uma série de condicionantes, talvez a Universíade não tivesse se
realizado. Ela resultou de um movimento de rebeldia. E o resultado está aí.
Santa rebeldia! Tomara que possamos reeditá-la a cada ano e por todo o tempo
afora. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Queremos
registrar, como extensão da Mesa, as presenças dos Professores Valmir Zenari;
Amilton, de Santa Maria; Jaime Verner dos Reis, que foi Coordenador de Natação
da Universíade; Júlio Volp, que foi atleta de voleibol na Universíade pelo
Brasil naquele ano; Sr. Darci Araújo, integrante do Comitê Executivo da
Universíade como Coordenador-Geral; Prof. Mabilde e Sr. Nelson Guimarães,
ex-Presidente da Federação de karatê.
Recebemos do
Diretor-Presidente da EPATUR, João Carlos Vasconcellos, o seguinte comunicado:
“Sr. Presidente, ao acusar o
recebimento do seu convite para a Sessão Solene destinada a homenagear a
passagem dos 35 anos dos Jogos Universitários Mundiais - Universíade, informo a
V. Exa. que, em face de compromisso anteriormente assumido, não poderei
comparecer.”
Do Sr. Edgar Sanches
Laurent, da Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência, de Pelotas:
“Sr. Presidente, acuso o
recebimento do convite para participar da Sessão Solene em homenagem aos 35
anos da Universíade. Lamentavelmente, haverá reunião do Conselho Fiscal da
Companhia que dirijo, com conselheiros vindos de Brasília, o que me impede de
viajar. Tenho certeza de que as iniciativas sugeridas por proposição do Ver.
Décio Schauren enaltecem essa Casa Legislativa e prestigiam aqueles que
trabalharam para que o evento se realizasse no Rio Grande do Sul.”
O Sr. Cleomar Antonio
Pereira Lima está com a palavra.
O
SR. CLEOMAR ANTONIO PEREIRA LIMA:
Ver. Carlos Garcia, Presidente desta Sessão Solene em homenagem à Universíade -
1963; Ver. Décio Schauren; Profa. Leda Argemi, representante do Prefeito
Municipal de Porto Alegre. Em especial, saúdo o jovem Darci Araújo,
Vice-Presidente do Conselho Diretivo da Universíade - 1963; Prof. Júlio Volpi;
atleta de voleibol da Seleção Brasileira; Prof. Jaime Verner dos Reis, Diretor
Técnico de Natação daquele grande evento; Lélio Araújo, Departamento de
Natação; Henrique Licht, com a sua organização, com seu apoio e conhecimento
histórico. Ver. Carlos Garcia, gostaria de saudar um homem que, ao iniciar a
Universíade, alguns meses antes teve a incumbência de ser o organizador, o
homem que fez o trabalho técnico: Dr. Luiz Augusto Bastian de Carvalho.
O que foi dito da
Universíade ao longo desses trinta e cinco anos? Centenas de linhas foram
escritas, faladas, ditas, televisionadas. O que poderia eu dizer que não foi
dito, que os senhores não saibam? Creio que poderia dizer algumas coisas que as
taquígrafas poderão registrar nos Anais de Porto Alegre, o que muito me honrará
neste momento em que me foi dada a palavra, dizer algumas coisas das nossas
tertúlias na Praça da Alfândega, dos nossos jantares pobres no Treviso. E ali
começou a história da história, Ver. Lauro Hagemann, se me permite dizer alguma
coisa, Ver. Décio Schauren, aduzir alguma coisa que o ilustre amigo falou, Ver.
Garcia.
Algumas coisas precisam ser
lembradas. Por que a Universíade no Brasil? Por que no Rio Grande do Sul? Por
que em Porto Alegre? Nada aconteceu por acaso. Foram, de fato, Ver. Lauro
Hagemann, tertúlias de uma juventude, loucuras de uma juventude, que os
jornais, Ver. Décio Schauren, os jornalistas, os periodistas não acreditavam.
Ninguém acreditava que aquele bando de jovens poderia fazer isso no Rio Grande
do Sul. Mas onde começou? Por que começou? A partir da década de 50 o Rio
Grande do Sul começa a despontar no cenário nacional com o seu potencial
atlético. Isso em vários esportes. E o manancial desses esportes estava onde?
Nas escolas, Prof. Argemi, de segundo grau e de primeiro grau e nas
universidades e nas faculdades. Os campeonatos que aqui se disputavam, de jogos
universitários, eram coisas fantásticas, extraordinárias.
Não sei qual o meu tempo
Vereador, mas peço vênia para terem um pouco de paciência, que contarei um pouco
dessa história. Poderei ser um pouco demorado, mas creio que no final irá valer
a pena.
No Rio Grande crescia, e no
Brasil também estava começando a se desenvolver, o esporte universitário, o
esporte amador, a tal ponto que o Rio Grande do Sul comparece num dos jogos
universitários em São Paulo, no ano de 1954, e faz um feito extraordinário em
voleibol, basquetebol, esgrima, ginástica, remo, natação. Enfim, atividades
propícias e inatas ao nosso homem do Sul, que é forte e bem-alimentado. E o Rio
Grande do Sul foi sucesso naqueles jogos universitários e brasileiros em 1954.
E a FUGE - Federação Universitária Gaúcha de Esportes, em razão disso, crescia.
Em 1955 o Brasil foi, pela
primeira vez, disputar uma Universíade em San Sebastian, Prof. Luiz Augusto
Bastian de Carvalho, e não teve ainda nenhum atleta do Rio Grande do Sul
representando a seleção nacional. Houve possibilidades de convocações. Assumia
a FUGE, nesta época, um nome que não pode ser esquecido em momento algum, que
se chama Engº Adonis Escobar. Nosso grande amigo Adonis, ao assumir a
Presidência da FUGE, idealista, cercou-se de um grupo de jovens atletas,
dirigentes e começou a fazer um trabalho extraordinário, a tal ponto que Porto
Alegre sediou os primeiros jogos universitários brasileiros no Rio Grande do
Sul, em 1956.
Coronel Nascimento, foi uma
festa fantástica. Porto Alegre virou de cabeça para baixo. Nunca se viu coisa
igual no Rio Grande do Sul - jogos brasileiros de 1956. E a pujança da
juventude gaúcha foi extraordinária, e nos ombreamos com os melhores atletas do
Brasil na época - Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais - e fizemos uns
jogos extraordinários e politicamente crescemos no cenário nacional, a tal
ponto que, em 1957, pela primeira vez, três atletas do Rio Grande do Sul foram
convocados para a Seleção Nacional Universitária, e esses três atletas
integraram a Universíade de 1957 em Paris: nosso querido e saudoso amigo Karl
Kopitick, nosso querido Paulo Almeida, em salto em altura, e esse que vos fala.
Fomos a Paris representando o Rio Grande do Sul e a Seleção Nacional.
Recordo-me que a questão política, Ver. Lauro Hagemann, era muito interessante
na época e a política universitária, a política estudantil era muito forte:
CEURGS, FAURGS, CBDU, UNE. Era uma coisa extraordinária, fantástica. E a FUGE
começava a despontar no cenário nacional.
Recordo-me que Adonis
Escobar chegou para mim, dias antes de viajarmos, e isse-me: “Procura ver como
são os bastidores da CBDU para nós realizarmos em Porto Alegre uma
Universíade.” Aquilo me soou como uma brincadeira. Fomos para essa Universíade,
voltamos da Universíade e ele me questionou. Eu respondi que não tinha feito
nada, porque aquilo que ele disse para mim foi brincadeira. E essa brincadeira
prosseguiu. Assume a FUGE um cidadão chamado Dr. Henrique Halpern, o
“ferrugem”, e antes dele existia um jovem idealista, o Darci.
Darci, nas nossas noitadas,
nas nossas tertúlias, dizia que iria realizar no Brasil, em Porto Alegre, a
Universíade de um determinado ano. Não acreditávamos. E, aí, o Rio Grande do
Sul continuou poderoso nos jogos universitários, a tal ponto que, em 1959,
novamente vários gaúchos foram convocados para os Jogos de Turim, entre eles,
este que vos fala. A ebulição do cenário esportivo nacional, rio-grandense, os
clubes, as faculdades, os jogos brasileiros, os jogos gaúchos universitários...
Era uma coisa extraordinária que o Rio Grande do Sul vivia a essa época, a tal
ponto que nós, os políticos das nossas universidades, dos nossos clubes,
começamos a influenciar de tal forma o cenário nacional, que fomos aos Jogos
Universitários de Niterói em 1961. Era Governador do Estado do Rio de Janeiro
Roberto Silveira, hoje falecido; o Governador do Estado do Rio Grande do Sul
era o Sr. Leonel Brizola e o Presidente da República era Jânio Quadros.
A influência do Rio Grande
do Sul passou a ser notada no Brasil inteiro, a tal ponto que, nos Jogos de
Niterói, o grande sucesso em todas as atividades, socialmente e culturalmente,
era o Rio Grande do Sul, a tal ponto que o Governador Roberto Silveira ofereceu
um jantar para os gaúchos, oficialmente, no Palácio em Niterói. Foi uma festa
fantástica que criou uma ciumeira no Brasil inteiro. E nós fomos politicamente
nos adonando do cenário nacional. Nessa época, a chama Universíade era pujante.
Jânio Quadros foi instado a trazer para o Brasil jogos dessa natureza em razão
da política que o Ver. Lauro Hagemann acabou de dizer: era a política que ele
fazia da coexistência pacífica. Esse era o nome que o Jânio dava. Cada país
podia fazer a sua política sem ter a interferência de terceiros. Nos jogos de
Sophia, na Bulgária, em 1961, Jânio mandou um diplomata brasileiro para
acompanhar os jogos e tentar trazer para o Brasil a Universíade.
O Rio Grande do Sul, através
dos seus políticos, Darci de Araújo, Henrique Halpern, participava do cenário
nacional com uma tranqüilidade, com um trânsito livre extraordinário, a tal
ponto que eles estavam em Londres, em um Congresso Internacional da FISU,
quando grande murmúrio começou a acontecer porque o Brasil tinha interesse em
trazer os jogos. O murmúrio era que o Presidente da República do Brasil tinha
renunciado. E, naquele momento, não havia mais confiança no Brasil. E um
cidadão do Rio de Janeiro chamado Dr. Francisco Horta levantou-se e disse: “O
Presidente do Brasil pode ter renunciado, mas o povo brasileiro não!” Foi feita
essa manifestação patética em Londres, onde estavam todos os presidentes e
dirigentes do mundo universitário esportivo e do mundo olímpico, porque o mundo
universitário e o mundo olímpico se confundiam, havia uma simbiose. E, aí, o
Brasil e dois outros países continuaram ainda no índex, com a possibilidade de
realizarem os jogos.
Veio ao Brasil o Presidente
da FISU, Sr. Primo Nebiolo, para ver as condições que aqui existiriam.
O
SR. PRESIDENTE: Para
concluir, Sr. Cleomar Lima.
O
SR. CLEOMAR ANTONIO PEREIRA LIMA:
Eu não vou conseguir concluir. A história tem seqüências. Nas comemorações dos
40 anos eu voltarei, Ver. Carlos Garcia, para seguir de Primo Nebiolo em
diante. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Sr.
Luiz Augusto Bastian de Carvalho está com a palavra.
O
SR. LUIZ AUGUSTO BASTIAN DE CARVALHO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Tudo o que poderia ser dito sobre a Universíade foi dito pelos
oradores que me antecederam. Permitam, então, falar do que representa para nós
este ato de hoje que a Câmara Municipal leva a efeito, relembrando algo que
ocorreu há 35 anos.
Como foi dito pelo Cleomar, a
Universíade foi um ato de loucura que deu certo. Aqueles cinco jovens que eram
da Comissão Executiva - o Henrique Halpern, o Darci Araújo, o Edgar Loran, o
Carlos Alberto Julian e o Adonis Escobar - conseguiram mobilizar não a Cidade
de Porto Alegre, não o Estado do Rio Grande do Sul, não o País, mas trouxeram
para cá um mundo desportivo num ato de coragem como nunca havia sido visto.
Começando do zero, chegaram à glória de realizar jogos olímpicos universitários
na nossa Cidade. Foi o único realizado na América Latina. Não houve outro. Foi
o primeiro.
Cabe a nós agradecer a esta
Câmara por trazer a lembrança de todos para o evento. Todas as memórias podem
ser divididas: as puramente pessoais ou privadas, ou as partilhadas ou sociais.
As memórias privadas não compartilhadas morrem com o indivíduo. A social
sobrevive. A capacidade notável do homem para arquivar e recuperar memórias
partilhadas é o segredo evolucionário da nossa espécie. Esta Câmara, ao
promover esta Sessão Solene, compartilha com a população da sua memória,
levando-a, inclusive, às novas gerações, que, atualmente, passam a conhecer a
Universíade através deste ato. A esses jovens que não eram nascidos em 1963 eu
faço um apelo: para que tenham a coragem que tiveram aqueles cinco jovens de então,
porque tudo que valeu a pena fazer certamente valerá a pena fazer de novo.
Façam-no.
Muito obrigado à Câmara por
esta homenagem que presta aos participantes e, principalmente, à Universíade.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: O Sr.
Cleomar Antonio Pereira Lima está com a palavra.
O
SR. CLEOMAR ANTONIO PEREIRA LIMA: Ver.
Carlos Garcia, que preside os trabalhos, Ver. Décio Schauren,
Ver. Lauro Hagemann. Em nome
de todos os dirigentes e atletas da Universíade, tenho certeza de que, ao fazer
esse pleito aos Srs. Vereadores, nós estaremos resgatando, Porto Alegre estará
resgatando uma história e fazendo uma homenagem mais do que merecida aos cinco
membros do Comitê Executivo, os quais, nesses trinta e cinco anos, não
receberam sequer um agraciamento de qualquer natureza, e pediria que a Câmara
de Vereadores de Porto Alegre pudesse, como bem entender e da forma que achar
mais conveniente, resgatar essa memória e essa lembrança desses cinco homens,
dos quais hoje são apenas dois vivos. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Sr.
Cleomar, tenha a certeza de que este Vereador vai levar esta proposição à Mesa
Diretora da Casa.
Convidamos a todos para, em
pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.
(Executa-se o Hino
Rio-Grandense.) (Palmas.)
Agradecemos a presença de
todos. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h29min.)
* * * * *